Pedro Lima foi testado no jogo-treino com o Lus. Lourosa e Nehuén Pérez também pode ser alternativa a Alberto Costa, mas Pablo Rosario tem fator de peso a seu favor: fez a posição no Nice de Farioli
Diz-se, na gíria, que um mal nunca vem só e, no que toca ao lado direito da defesa do FC Porto neste arranque de temporada, a expressão assenta na perfeição, para mal dos dragões. Depois da lesão sofrida por Martim Fernandes — só deve estar apto em outubro — logo na jornada inaugural da Liga, frente ao Vitória de Guimarães, no treino do último domingo foi a vez de Alberto Costa experimentar o sabor do infortúnio.
O lateral contratado à Juventus está a contas com um problema muscular na coxa direita, que vai afastá-lo, no mínimo, da receção de sábado (18h00) ao Nacional. Francesco Farioli está, assim, obrigado a improvisar no duelo com os insulares e, como seria de esperar, já alinhou alternativas, uma das quais surpreendente, pelo menos para os mais desatentos.
Vamos por partes. Sem Martim e Alberto, os dois laterais-direitos do plantel principal, o técnico italiano encontra na equipa B as únicas soluções de... raiz. No jogo-treino que os dragões realizaram com o Lusitânia de Lourosa (2-2), no início desta semana, Pedro Lima foi testado na posição. Na formação secundária há, também, Dinis Rodrigues, mas o brasileiro emprestado pelo Wolverhampton parece levar a dianteira nesta fase, até porque continua a trabalhar com os graúdos. Depois, conforme o próprio treinador admitiu antes da visita ao Gil Vicente, na 2.ª ronda do campeonato, Nehuén Pérez chegou a jogar mais encostado ao lado direito, ainda que de forma esporádica. Por outro lado, Farioli deverá privilegiar a continuidade do argentino no eixo. Ainda assim, há outro candidato à titularidade no corredor defensivo: Pablo Rosario, homem da confiança do timoneiro azul e branco.
O médio-defensivo, contratado ao Nice este verão, falhou boa parte do ciclo preparatório para o jogo de amanhã, uma vez que esteve ao serviço da seleção da República Dominicana, mas conta com dois fatores de peso a seu favor na corrida ao onze inicial. Além de ser conhecedor profundo dos princípios de jogo defendidos e implementados pelo treinador do FC Porto, fruto da época (2023/24) que ambos passaram juntos no emblema francês, Rosario também está familiarizado com os fundamentos da posição de lateral-direito. No Nice, com Farioli no comando técnico, Pablo atuou várias vezes a partir do carril destro, principalmente, mas não só, na primeira metade da temporada.
Uma demonstração da polivalência do agora camisola 13 dos dragões, que, sob a orientação do treinador transalpino em França, também chegou a jogar como defesa-central em diversas ocasiões. Essa elasticidade tática, acompanhada da competência no desempenho de variadas funções, foi, de resto, um dos motivos que levaram Francesco Farioli a fazer força pela contratação do centrocampista.
Entre quinta-feira e esta sexta, o técnico do FC Porto tem tempo para afinar alternativas — Rosario incluído — e tomar uma decisão em relação ao substituto de Alberto Costa diante do Nacional. Tem a palavra Farioli, que deverá manter o tabu até bem perto da hora do pontapé de saída, ciente de que, mesmo perante um cenário delicado, tem à disposição soluções capazes de lhe fornecerem garantias.
