Após a vitória suada (e com o seu quê de épica) sobre o Salzburgo, o internacional brasileiro sublinhou a importância de pensar em cada jogo «como uma final», a começar já por Arouca. Cansaço para contornar
Sete vitórias nos sete primeiros jogos da época, a maioria com exibições coletivas de encher o olho, não fazem Pepê adormecer à sombra da bananeira. A cumprir a quinta época no FC Porto, o extremo brasileiro é um dos elementos mais experientes do plantel às ordens de Francesco Farioli e, após a vitória suada sobre o Salzburgo, na estreia dos dragões na Liga Europa 2025/26, deu o mote para o ciclo que se segue, no qual o líder do campeonato vai defrontar Arouca, Estrela Vermelha e Benfica em menos de uma semana.
«São sete jogos e sete vitórias, com apenas um golo sofrido, um auto-golo. É um começo de época muito significativo e importante, mas também sabemos que não podemos ficar a olhar para o que já fizemos. Temos de pensar sempre no próximo. Se queremos continuar a sonhar com os nossos objetivos, temos de pensar no jogo seguinte», sublinhou o camisola 11, em declarações exclusivas à Imprensa nacional.
É nessa linha de pensamento que o plantel azul e branco já olha para o encontro de segunda-feira, no reduto do Arouca. Pepê diz mesmo que esse jogo será tratado com honras de... final. «Pensamos jogo a jogo e olhamos para cada um como se fosse uma final. O mais importante é olharmos sempre para o próximo adversário. Se continuarmos a fazer isso, vamos colher bons frutos mais à frente. O mais importante é recuperar e pensar no Arouca. É mais uma final e o objetivo é ganhar», frisou o internacional canarinho, que renovou recentemente contrato, até 2028.
Quanto aos desafios criados pelo calendário apertado, o atacante de 28 anos reconhece que nem sempre é fácil lidar com a sobrecarga de jogos, mas garante que, no Dragão, ninguém baixa os braços perante os obstáculos. «É um pouco difícil, não vou mentir. É desgastante, principalmente com dois dias de descanso entre jogos. Ao terceiro dia, já estamos a jogar… Mas procuramos dar o nosso melhor. Temos de tentar recuperar o mais rápido possível, independentemente de quem jogar, seja cinco ou 90 minutos», ressalvou Pepê, ciente de que entre os jogos com Estrela Vermelha (quinta-feira) e Benfica (dia 5 de outubro), o FC Porto terá menos de 72 horas de descanso. Mas Pepê enaltece a qualidade do plantel. «São jogos em cima de jogos, com poucos dias para recuperar, mas também há que realçar que temos um plantel muito bom. Independentemente de quem joga, a qualidade vai estar lá e o trabalho também», reitera. «O míster tem total confiança em todos nós e vamos continuar a dar o nosso melhor», assegurou.
Do jogo na Áustria, ficou «a entrega e a alegria de toda a gente» após a vitória, mas também a tomada de consciência de quem «nem tudo corre sempre como se deseja». Mas a resposta portista, principalmente depois d uma época desapontante, está à vista. «Sabemos que fizemos uma época muito abaixo do que é o normal no FC Porto e que precisávamos de dar uma resposta este ano. Pusemos essa ideia na cabeça e a chegada do míster, que desde o início exigiu que déssemos o melhor para a equipa e para os adeptos, e de outros jogadores foram fundamentais para evoluirmos cada vez mais», rematou Pepê, que leva dois golos e uma assistência em cinco jogos.
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