Malawi: Chakwera agastado com "sabotagens" na cadeia de fornecimento de combustíveis

 

Presidente do Malawi afirma ser alvo de sabotagem por altos funcionários da Companhia Nacional de Petróleos, pelos recorrentes cortes na cadeia de fornecimento de combustíveis no país e pede desculpas públicas ao seu povo.

Os pronunciamentos de Lazarus Chakwera, foram feitos após o Malawi ter voltado a observar longas filas nas gasolineiras a partir da segunda-feira passada, face a escassez de combustível que o país está atravessar.

Num discurso à nação proferido a partir da cidade de Blantyre, Chakwera desvendou a existência de funcionários da companhia nacional de petróleos com interesses alheios, que conspiram secretamente em licitações, favorecendo contratos de fornecimento de combustíveis à empresas não certificadas.

Implorando perdão aos malawianos, o chefe de estado explicou que a actual crise, foi criada deliberadamente por este grupo de funcionários insensíveis que supostamente frustraram importações pontuais, com o objectivo de levar o povo a crer que sua administração, fracassou.

Chakwera prometeu expulsar estes funcionários que estão a cumprir uma agenda vinda fora do governo, pois a actual escassez de combustível que se assiste nestes derradeiros dias da corrida eleitoral, é o efeito de uma guerra que está a ser travada dentro do seu executivo.

Na sua comunicação, o presidente do Malawi também anunciou novos preços de fertilizantes, sendo que um saco de 50 kgs passará a custar 15.000 kwachas, 554 meticais, dos antigos 90. 000 kwachas, cerca de 3.300 meticais que eram aplicados aos 1.1 milhão de agricultores beneficiários do Programa de Insumos Agrícolas Acessíveis.

Para o grupo de agronegócio, e clubes de camponeses, um saco de 50 quilogramas de adubo custará 90.000 kwachas, cerca de 3.300 meticais, contra os antigos 160.000 kwachas, cerca de 5.900 meticais.

O presidente Lazarus Chakwera, também culpou alguns empresários corruptos que conspiram com um partido de oposição cujo nome não mencionou, para sabotar sua administração com a aplicação de altos preços de fertilizantes.

Em tom desafiador, Chakwera fincou que eles não vencerão esta luta. (RM Blantyre)