O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse que sua visita à Casa Branca na quarta-feira foi um "grande sucesso", embora um confronto durante a reunião com o presidente Donald Trump sobre alegações de genocídio tenha atraído mais atenção.
"Conseguimos alcançar o que pretendíamos: alcançar o reengajamento com os EUA, colocar as questões de investimento e comércio na mesa e garantir que continuemos nos envolvendo por meio de várias outras formações", disse Ramaphosa a repórteres após sua visita à Casa Branca.
Trump aproveitou a reunião na Casa Branca para confrontar Ramaphosa com alegações infundadas sobre o assassinato sistemático de fazendeiros brancos naquele país. Trump afirmou durante a reunião que as pessoas estão fugindo da África do Sul para sua própria segurança.
Em determinado momento, Trump diminuiu as luzes do Salão Oval para exibir um vídeo de um político de extrema esquerda tocando uma música antiapartheid que incluía letras sobre matar fazendeiros.
Ramaphosa rebateu a acusação de Trump e minimizou suas críticas, acrescentando que acredita que "há dúvidas e descrença na cabeça (de Trump)" sobre sua acusação de genocídio.
Após a discussão acalorada diante das câmeras, Trump recebeu Ramaphosa para um almoço e mais conversas. Ramaphosa disse que as discussões durante o almoço giraram em torno de comércio, investimentos e golfe.
E disse que ambos os países "continuarão se engajando". "Nosso objetivo ao vir aqui era restabelecer as relações entre os dois países e reposicionar nossas relações, que haviam sido contaminadas por algumas das questões levantadas durante o engajamento", disse Ramaphosa. "Vocês queriam ver um drama e algo realmente grandioso acontecendo. E lamento que os tenhamos decepcionado um pouco nesse sentido", acrescentou.