O Governo vai passar a registar os artistas moçambicanos e atribuir carteiras profissionais aos fazedores de artes e cultura. O facto consta da proposta de estatuto do artista apresentada hoje, em Maputo. Durante a auscultação, alguns artistas chamam atenção para o risco de o instrumento elitizar a classe.
Depois de muitos anos, a classe artística começa a respirar de alívio, com a apresentação da primeira proposta do Estatuto do artista, um instrumento que regula a actividade.
O reconhecimento da classe é um dos desafios que se pretende responder no instrumento. Diante dos fazedores da arte, Ivan Bonde, Director Nacional de Artes e Culturas, apelou a contribuição de todos neste processo.
Apresentada a proposta, os artistas até saúdam a iniciativa, mas temem pela elitização da classe. O roteirista e actor Alvim Cossa questiona o facto de o instrumento atribuir ao Governo o poder de registar os artistas. Por isso, defende que o estatuto acolha todas as opiniões sinceras de quem faz o dia a dia das artes e cultura.
O processo de auscultação da proposta do estatuto vai decorrer em todo o país.