Benfica poderia bater recorde de mercado com Pavlidis, mas recusou

 






SAD ignorou na reta final de agosto proposta pelo grego superior aos €50 milhões que o Real Madrid pagou por Carreras


Não apenas de números versou a análise de Nuno Catarino, CFO (chief financial officer) do Benfica e vice-presidente do Conselho de Administração da SAD. O homem que gere o dinheiro das águias revelou, por exemplo, que o Benfica recusou proposta milionária por um dos seus jogadores mais importantes na reta final do mercado, quando a SAD fechava o processo Lukebakio e o plantel.





«Houve uma proposta, mas vou deixar para o presidente, se ele quiser contar. Mas era significativa, poderíamos ter feito a maior venda deste mercado. No último dia, porém, não fazia sentido. Estávamos fechados», explicou Nuno Catarino.

Vangelis Pavlidis, ponta de lança internacional grego de 26 anos, melhor marcador do Benfica na temporada passada, blindado por cláusula de rescisão de €100 milhões, foi o alvo do ataque de última hora.

Nuno Catarino foi igualmente convidado a recuperar os processos João Félix e Thiago Almada, que não correram como os encarnados desejavam, mas foi mais cauteloso. Não obstante, recusou a ideia de que faltou dinheiro para fechar as operações: «Vou deixar para o presidente [Rui Costa] explicar depois, quando tiver de explicar. Mas se nós conseguimos comprar no valor de €138 milhões… Não foi por essa razão. Definimos o que faz sentido para nós, não é igual ao que faz sentido para a outra parte. Ou igual ao que faz sentido para os jogadores. Se não há um encontro comum, não há negócio.»

O CFO recusa, todavia, a ideia de que o Benfica fez um all in — apostar todas as fichas — neste mercado, mesmo face ao mais elevado investimento de sempre. «Partimos para um exercício com um orçamento definido e mantivemos o objetivo de compensar em vendas aquilo que realizámos em compras. Há de facto aqui uma equivalência. E vamos continuar a manter isto equilibrado. Isto vem das necessidades do plantel, que são identificadas pelo treinador, pelo presidente e pela estrutura, depois também vem muito do mercado. E este foi diferente de todos os mercados, parecia que qualquer jogador custava €20 milhões. Foi um mercado um pouco aquecido», observou.

A terminar abordou a parcela do relatório reservada a custos com pessoal, que integra a indemnização milionária a Roger Schmidt [€8,7 M]: «Isso já está resolvido há seis meses, acho que ninguém quer repetir uma situação dessas. Nem está no horizonte que aconteça.»

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