Noronha Lopes afirmou a A BOLA que tem um acordo com o jogador do Manchester City para reforçar os encarnados em janeiro
A candidatura de Cristóvão Carvalho à presidência do Benfica considerou «preocupantes» as declarações de João Noronha Lopes sobre um eventual regresso de Bernardo Silva à Luz. Em declarações exclusivas a A BOLA, o adversário eleitoral revelou ter «um contrato à espera» do internacional português, manifestando ainda a vontade de o trazer já em janeiro, caso seja eleito.
Em comunicado, Cristóvão Carvalho sublinhou que a situação «requer clareza» e exigiu um esclarecimento público de Noronha Lopes: «A candidatura de Cristóvão Carvalho à presidência do Sport Lisboa e Benfica considera preocupante que, a menos de dois meses das eleições, surjam notícias de que João Noronha Lopes já preparou um contrato para Bernardo Silva, com o objetivo de trazê-lo em janeiro caso seja eleito.»
«Há mesmo um contrato pronto? Em caso afirmativo, como encaixa este plano dentro das regras do futebol e da ética que, diz, defende?», questiona a candidatura. O candidato recorda que Bernardo Silva apenas poderá negociar livremente a partir de janeiro de 2026, já que o contrato com o Manchester City termina em junho desse ano.
Embora admita que o desejo de ver Bernardo Silva regressar ao Benfica «é legítimo e partilhado por muitos adeptos», Cristóvão Carvalho alerta para o risco de manipulação eleitoral e de criação de falsas expetativas. O candidato foi mais longe, evocando a campanha de 2000, quando Manuel Vilarinho prometeu contratar Mário Jardel para derrotar Vale e Azevedo, algo que nunca se concretizou: «Esse tipo de promessa populista não pode ser repetido; os adeptos merecem verdade e responsabilidade, não espetáculo eleitoral. O Benfica merece respeito.»
«Está em jogo algo mais do que uma vaga na Luz, é o futuro do clube. Usar antecipadamente o nome de um jogador como Bernardo Silva, apelando ao sonho dos adeptos, pode desviar o foco do que realmente deve nortear estas eleições: integridade, compromisso e defesa inabalável do interesse coletivo do clube», concluiu.