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Um profissional de saúde prepara uma vacina contra febre amarela para imunizar viajantes no terminal de ônibus em Bogotá, Colômbia, quarta-feira, 16 de abril de 2025. |
Autoridades de saúde anunciaram que a Inglaterra deve se tornar o primeiro país a implementar uma vacina de rotina contra gonorreia, em um passo importante para combater o aumento de infecções e a resistência a antibióticos.
Os casos de gonorreia atingiram mais de 85.000 em 2023, o maior número desde que os registros começaram em 1918, gerando preocupações sobre cepas que não respondem mais aos tratamentos padrão.
A vacina, 4CMenB, é usada atualmente para proteger crianças contra a doença meningocócica B. Devido à semelhança genética entre as bactérias que causam meningite e gonorreia, estudos mostram que a vacina oferece até 42% de proteção contra a gonorreia.
A partir de 1º de agosto, indivíduos elegíveis serão convidados a receber a vacina em clínicas locais de saúde sexual. Também poderão receber vacinas contra miocardite, HPV e hepatites A e B na mesma consulta.
A Dra. Amanda Doyle, do NHS England, chamou a implementação de um "grande passo à frente", enfatizando sua importância para conter infecções e desacelerar a resistência aos antibióticos.
A gonorreia, a segunda IST bacteriana mais comum no Reino Unido, geralmente não apresenta sintomas, mas pode causar dor ao urinar, corrimento e dor abdominal. A reinfecção é comum, pois a imunidade natural é fraca.
As autoridades de saúde esperam que a vacina reduza a propagação e a gravidade das infecções, especialmente porque a resistência a antibióticos importantes, como a ceftriaxona, continua aumentando.